Malafaia convoca manifestações para 3 de agosto

O pastor Silas Malafaia confirmou a convocação das manifestações previstas para o próximo domingo (3) na Avenida Paulista, em São Paulo, a partir das 14 horas. Segundo ele, os atos terão como principais pautas o “Fora Moraes” e a aprovação do Projeto de Lei da anistia para pessoas julgadas em processos por suposta tentativa de golpe e das manifestações do 8 de janeiro.

Malafaia chama a manifestação de domingo de uma “reação popular contra injustiças” que, em sua visão, marcam o atual cenário político brasileiro. De acordo com pastor, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), “introduziu no Brasil o crime de opinião”.

Ele também criticou as medidas cautelares impostas pelo ministro Moraes ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), especialmente as limitações à sua liberdade de expressão.

Durante entrevista ao Sem Rodeios, da Gazeta do Povo, o líder religioso classificou as medidas de Moraes como censura e afronta ao estado democrático de direito. “Muitos brasileiros estão atualmente exilados por manter opiniões críticas”, comentou.

Malafaia acusa parte da direita de não se esforçar para pautar impeachment

Malafaia também contestou a atuação da Câmara dos Deputados. Ele acusou parte da direita no Congresso de falta de compromisso e de vender-se a interesses políticos, o que, segundo ele, tem retardado respostas efetivas para a crise política atual. Citou como exemplo, a falta de apoio até entre parlamentares de direita para pautar os pedidos de impeachment do ministro Moraes.

Malafaia ressaltou que a manifestação de 3 de agosto não é um evento isolado, sugerindo que os apoiadores das ideias defendidas pelos manifestantes saiam às ruas em qualquer cidade, para protestar.

“Mesmo sem a presença de Bolsonaro, a mobilização nas cidades pelo Brasil promete ser maior do que as manifestações da esquerda”, afirmou. O evento terá transmissão ao vivo. A orientação para os participantes é vestir verde e amarelo, para os que estiverem em outros cidades usar diferentes formas de protesto, como caminhadas, carreatas e buzinaços.