
Israel anunciou nesta quarta-feira (23) no Conselho de Segurança da ONU que limitará a apenas um mês os vistos para os funcionários do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), ao qual acusou de ter “um viés contínuo contrário” ao país.
O embaixador israelense na ONU, Danny Danon, afirmou que o OCHA tem em seu quadro vários trabalhadores filiados ao Hamas, dos quais alguns chegaram inclusive a participar dos ataques terroristas de 7 de outubro de 2023 que vitimaram quase 2.000 pessoas.
A sessão, que havia sido convocada para tratar da situação de emergência humanitária na Faixa de Gaza e dos crescentes casos de morte por inanição, foi utilizada por Danon para apontar, o que considera hostilidades da ONU para com Israel. Acusações dessa natureza já puseram em descrédito a Agência da ONU para os Refugiados da Palestina (UNRWA) – cujos funcionários também são acusados de participarem do massacre de 2023.
Neste ano, a UN Watch publicou um relatório que “revela como a UNRWA, apesar de se autodenominar uma agência humanitária, forjou uma aliança profana com o Hamas, a Jihad Islâmica Palestina e outras organizações terroristas”.
Danon adiantou ainda que seu país não vai renovar automaticamente os vistos dos agentes internacionais do OCHA, e que “centenas de funcionários” dessa agência foram examinados no que chamou de “veto de segurança”, que levou Israel a retirar as permissões de trabalho de vários deles “por provas claras de uma sólida afiliação com o Hamas”.
Nesse sentido, confirmou que o chefe do OCHA nos territórios palestinos, Jonathan Whittall, não poderá renovar seu visto “e deixará o país em 29 de julho”, após se queixar do que chamou de “uma campanha interminável de difamação” contra Israel.
“O que a ONU faz é se apegar a uma agenda política, proteger seus vieses e defender suas agências que há muito abandonaram a neutralidade”, afirmou.
Além disso, afirmou que Israel “torna o Oriente Médio mais seguro para todos que valorizam a paz e a tranquilidade”.
“Em outras palavras, estamos fazendo o trabalho da ONU”, completou.
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