Imprensa italiana destaca prisão de Carla Zambelli


Jornais e agências de notícias da Itália destacaram nos seus sites nesta terça-feira (29) a prisão da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) em Roma.

A informação foi confirmada pela Polícia Federal brasileira, que disse que a “medida é resultado de cooperação policial internacional entre a Polícia Federal, a Interpol e agências da Itália”. A defesa de Zambelli, porém, afirmou que a deputada decidiu se entregar às autoridades italianas.

Os jornais Corriere della Sera e La Repubblica, que estão entre os maiores da Itália, a agência Ansa, a principal do país, e a emissora Rai enfatizaram que a deputada possui cidadania italiana.

“Zambelli, integrante do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, possui cidadania italiana e foi condenada no Brasil por hackear o sistema de computadores do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)”, informou o Corriere della Sera, que destacou a declaração de Zambelli à CNN Brasil quando anunciou sua intenção ir para a Itália em junho: “Tenho passaporte italiano. Sou intocável na Itália. Não podem me extraditar de um país do qual sou cidadã”.

Já o jornal La Repubblica publicou uma chamada na capa do seu site, para uma reportagem na qual relatou que a “deputada ítalo-brasileira Zambelli” foi presa em Roma e enfatizou no título a alegação de inocência da parlamentar brasileira: “Sou perseguida politicamente”.

A Ansa também colocou a notícia da prisão de Zambelli em sua capa. “Carla Zambelli, deputada brasileira de origem italiana procurada pela Interpol para cumprir uma pena de dez anos de prisão no Brasil, foi presa em Roma”, escreveu a agência italiana.

O site da emissora Rai deu destaque à alegação do deputado esquerdista italiano Angelo Bonelli de que teria informado à polícia o endereço onde Zambelli estava e o argumento de perseguição política por parte da parlamentar brasileira.

“Em entrevista ao Repubblica, a deputada reiterou sua inocência: ‘Não há provas contra mim. Fui incriminada. Fui a pessoa mais votada do Brasil; recebi um milhão de votos. Sou perseguida politicamente. O juiz que me condenou é um ditador’”, informou o site da emissora pública italiana.


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