Ibovespa Futuro avança antes decisões do Copom e Fed, com dados e balanços em foco

O Ibovespa Futuro opera com alta nos primeiros negócios desta quarta-feira (30), com atenções voltadas para decisões sobre juros do Federal Reserve (Fed) e do Comitê de Política Monetária (Copom), enquanto seguem de olho nas tensões comerciais entre Brasil e EUA, com novos dados econômicos e balanços corporativos também no radar. Às 9h10, o contrato com vencimento em agosto subia 0,21%, aos 133.595 pontos.

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O destaque do dia na cena nacional é a divulgação da decisão do BC após o fechamento do mercado, com ampla expectativa de que os membros da autarquia mantenham a taxa de juros Selic em 15%, como já sinalizado pelas autoridades na reunião do mês anterior.

Já nos EUA, o Fed deve deixar sua taxa de juros estável na faixa de 4,25% a 4,5%, conforme os membros analisam os impactos das tarifas do governo norte-americano sobre a maior economia do mundo, mesmo com o presidente Donald Trump pressionando frequentemente pela redução dos juros.

O mercado nacional ainda continuará atento a novidades no impasse comercial entre Brasil e EUA, à medida que se aproxima o prazo de 1º de agosto que Trump estabeleceu para impor uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros. Até o momento, não parecia haver avanço em qualquer tipo de negociação.

Na frente de dados, os agentes financeiros se voltam primeiro para os EUA, com a publicação do relatório da ADP sobre empregos no setor privado, às 9h15, e da estimativa inicial para o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, às 9h30.

Pela tarde no Brasil, o Tesouro Nacional divulgará o resultado do governo central relativo a junho, às 14h30, com coletiva às 15h que terá a presença do secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron.

No mundo corporativo, o Santander Brasil (SANB11) divulgou mais cedo um lucro líquido de R$ 3,66 bilhões para o segundo trimestre, queda de 9% sobre o desempenho do mesmo período no ano passado e abaixo das expectativas de mercado. Após o fechamento do mercado, Bradesco (BBDC4), Isa Energia (ISAE4) e TIM Brasil (TIMS3) também apresentarão seus resultados trimestrais.

Em Wall Street, o Dow Jones Futuro avançava 0,04%, o S&P Futuro subia 0,14% e o Nasdaq Futuro tinha alta de 0,25%.

Ibovespa, dólar e mercado externo

O dólar à vista subia 0,26%, cotado a R$ 5,584 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento avançava 0,02%, aos 5.582 pontos.

Os mercados da Ásia-Pacífico encerraram o pregão de forma mista nesta quarta-feira, após as negociações entre Estados Unidos e China na Suécia terminarem sem a prorrogação da trégua tarifária. Segundo negociadores americanos, o adiamento do aumento das tarifas só será confirmado se o presidente Donald Trump sancionar o plano.

O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou que o prazo final estabelecido por Trump, nesta sexta-feira, para impor tarifas relevantes a diversos parceiros comerciais não será adiado novamente.

Ainda assim, Lutnick destacou que as negociações com a China seguem avançando em um cronograma separado, conforme declarou em entrevista ao programa Squawk Box, da CNBC.

Os preços do petróleo operam em alta após subirem mais de 3% na sessão anterior, já que potenciais escassez de oferta vieram à tona depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, deu a Moscou um prazo abreviado para encerrar a guerra na Ucrânia.

As cotações do minério de ferro na China fecharam no vermelho após uma leitura decepcionante do Politburo da China. Em sua última reunião do Politburo, Pequim prometeu implementar políticas macroeconômicas vigorosas para sustentar a maior economia consumidora de metais, incluindo uma agenda fiscal mais proativa e uma política monetária moderadamente frouxa, de acordo com a agência oficial de notícias Xinhua. Ainda assim, o comunicado não forneceu detalhes sobre quaisquer medidas de estímulo em larga escala, fazendo com que os preços revertessem os pequenos ganhos anteriores registrados na Ásia na quarta-feira.

(Com Reuters)