Centenas de manifestantes são presos em protestos na França


Manifestantes iniciaram intensos protestos contra o governo do presidente Emmanuel Macron nesta quarta-feira (10) em rejeição à instabilidade política e social enfrentada nos últimos anos. Cerca de 300 pessoas já foram presas em todo o país, segundo a agência Reuters.

A onda de protestos ocorre dois dias após a renúncia do primeiro-ministro François Bayrou, substituído pelo ex-ministro da Defesa Sébastian Lecornu, um aliado próximo de Macron, que prometeu nesta quarta-feira realizar “rupturas profundas” para tirar a França da crise política e social.

Diversos manifestantes que se reuniram nas ruas de cidades francesas pediram a renúncia do presidente. O Ministro do Interior, Bruno Retailleau, disse à imprensa local que alguns ônibus foram incensiados na cidade de Rennes, no oeste do país.

Além disso, o membro do governo Macron informou que manifestantes entraram em confronto com a polícia em alguns pontos de protesto, sem dar detalhes dos locais.

Segundo a Reuters, a polícia chegou a disparar gás lacrimogêneo contra algumas pessoas que protestavam em Paris por tentarem bloquear a entrada de uma escola.

O ministro da Interior alertou contra a violência em protestos programados para mais tarde nesta quarta-feira, citando infiltrados de extrema-esquerda.

O novo premiê anunciou sua intenção de iniciar reuniões com representantes de partidos políticos e forças sindicais ainda nesta quarta-feira. “Teremos que fazer mudanças, não apenas na forma e no método. Mudanças profundas”, afirmou Sébastian Lecornu.

“Nesta tarde, me reunirei com as principais forças políticas e, nos próximos dias, com as outras forças políticas e sindicais, e terei a oportunidade de me dirigir ao povo francês em um futuro próximo”, acrescentou ele em um breve discurso, que contou com a presença de alguns ministros do governo cessante.

Aos 39 anos, o mais discreto, leal e longevo dos ministros dos sete governos que se sucederam desde que o presidente francês, Emmanuel Macron, chegou ao Palácio do Eliseu, Lecornu está assumindo o governo em um momento de crise política e social que pretende enfrentar, como disse, com “humildade e sobriedade”.


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