PT e PSOL protocolam pedido de impeachment contra Tarcísio

Parlamentares da oposição protocolaram nesta terça-feira (9) um pedido de impeachment do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). A denúncia acusa o chefe do Executivo paulista de usar recursos públicos para hostilizar o Poder Judiciário.

O pedido foi assinado por Antonio Donato, líder da federação PT-PCdoB-PV, e por Guilherme Cortez, líder da federação PSOL-Rede. O documento aponta que Tarcísio articulou em Brasília apoio à anistia de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Para os deputados da esquerda, essas viagens ocorreram em datas sem compromissos oficiais e foram custeadas pelo erário paulista. A peça de impeachment foi entregue ao presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), André do Prado (PL), que decidirá se o processo seguirá adiante.

A assessoria do governador Tarcísio de Freitas foi procurada pela reportagem da Gazeta do Povo, mas ainda não se posicionou sobre o pedido de impeachment.

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Oposição acusa Tarcísio de atacar Judiciário e desviar recursos públicos

Os parlamentares citam como prova da suposta quebra de responsabilidade institucional o discurso de Tarcísio em ato do 7 de Setembro, no último fim de semana. Na ocasião, o governador chamou Alexandre de Moraes de ditador e reforçou o coro de “fora Moraes”.

Além disso, o texto da denúncia sustenta que o governador atentou contra a Constituição, a probidade administrativa e também contra o livre exercício do Judiciário. Segundo os opositores, ele incentivou o descumprimento de ordens judiciais.

Na avaliação dos deputados de oposição, Tarcísio desviou recursos e prestígio do cargo para fins políticos e eleitorais. Eles alegam que a postura do governador fortaleceu uma estratégia de “continuidade golpista” e de “desgaste das instituições democráticas”.

Presidente da Alesp já negou dois pedidos de impeachment contra Tarcísio

A Alesp rejeitou pedidos de impeachment contra Tarcísio, recentemente. André do Prado barrou duas denúncias apresentadas pelo PSOL. O Diário Oficial publicou as decisões em 28 de agosto.

O primeiro pedido surgiu após Trump anunciar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, em julho. Logo após, o PSOL alegou que Tarcísio endossou a medida e até tentou interceder junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para favorecer Bolsonaro, citando a importância para as negociações com os Estados Unidos. No entanto, o governador negou qualquer tratativa.

A bancada do PSOL apresentou o segundo pedido em 21 de julho. Na ocasião, deputados acusaram Tarcísio de apoiar críticas de Donald Trump ao Judiciário brasileiro e ao processo contra Bolsonaro. Além disso, citaram manifestações do governador de São Paulo em redes sociais e a presença dele em ato anterior na avenida Paulista ao lado de Bolsonaro.

O presidente da Alesp usou os mesmos argumentos para rejeitar as duas denúncias. Segundo André do Prado, não houve elementos suficientes para apontar crime de responsabilidade. Assim, o presidente do Legislativo estadual alegou que críticas do governador não configuraram risco institucional ao Judiciário ou à soberania nacional.

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