A poucos dias do Brasil sofrer o maior tarifaço do mundo imposto pelo presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, uma pesquisa divulgada pela Quaest aponta que 59% dos brasileiros não acreditam que ele conseguirá reverter a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O julgamento de Bolsonaro pela suposta participação de um plano de golpe de Estado é um dos motivos apontados por Trump para a dura sanção contra o país, que incluem ainda a revogação dos vistos americanos de alguns ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) – entre eles Alexandre de Moraes, relator do processo na Corte.
Por outro lado, segundo a Quaest, apenas 31% acreditam que Trump pode influenciar no julgamento do ex-presidente.
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A pesquisa da Quaest, divulgada na segunda (28), ouviu 2.004 pessoas entre os dias 10 e 13 de julho. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.
A percepção do poder de Trump em influenciar o andamento do julgamento de Bolsonaro no STF varia de acordo com a preferência política dos eleitores, sendo que a maioria dos que não tem posicionamento partidário e os que são petistas não vê possibilidade do processo ser suspenso.
Já entre os apoiadores de Bolsonaro e os eleitores de direita são mais divididos nessa possibilidade:

O mesmo ocorre ao se levar em consideração em quem os entrevistados votaram no segundo turno da eleição de 2022. Entre os eleitores de Lula, 69% não acreditam na influência de Trump para suspender o processo de Bolsonaro, enquanto que 23% veem uma possibilidade.
Já entre os eleitores de Bolsonaro, esse índice é de 45% e 46%, respectivamente. Portanto, empatado na margem de erro.
Entre os que votaram em branco/nulo ou que não compareceram às urnas, esse índice é de 59% a 27%, respectivamente.
Trump impôs o tarifaço ao Brasil por, entre outros motivos, fazer uma “caça às bruxas” a Bolsonaro no processo que apura a alegada tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O governo, no entanto, afirma não ter responsabilidade sobre isso por conta da separação dos Três Poderes.
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