Uma fotografia simples, tirada pouco antes da homenagem aos campeões brasileiros de 1985, no último domingo (27), no gramado do Couto Pereira, expõe um grande racha dentro do Coritiba.
A imagem publicada nas redes sociais do Coxa mostra o presidente da CBF, Samir Xaud, entre o CEO, Lucas de Paula, e o presidente da Federação Paranaense de Futebol, Hélio Cury Filho. Nas redes da própria CBF, o mesmo encontro foi ilustrado por outra foto, clicada em outro momento, na qual Marianna Libano de Souza, presidente da Associação Coritiba, também aparece, além da mascote Vovô Coxa.
Foto que a CBF postou x foto que a SAF postou
Parece que alguém tá querendo esconder a Associação… pic.twitter.com/USwM9hkMi5
— Gyan (@gyancoosta) July 28, 2025
A ausência da dirigente – intencional ou não – revela a ponta do iceberg de uma crescente crise institucional, com cenas do desgaste percebidas nos bastidores da tarde festiva no Alto da Glória.
De um lado está a Coritiba SAF (Sociedade Anônima do Futebol), controlada pela Treecorp Investimentos, que adquiriu 90% das ações em junho de 2023. Do outro está a Associação, que permaneceu com 10% dos ativos após a conclusão da venda.
Até 2027, a gestão é comandada pelo grupo liderado por Marianna, que venceu as últimas eleições com 79,5% dos votos, e também conta com Luiz Henrique Jorge (Espeto), Luiz Carlos Betenheuser Jr, Guilherme Stival e Daniel Vinicius Ferreira no G5.
Museu vira palco de constrangimento e conflito institucional
De acordo com apuração do UmDois Esportes, um episódio importante da crise coxa-branca aconteceu horas antes de Coritiba x Amazonas, pela 19ª Série B.
Apesar de ter sido previamente convidada para participar da entrega, Marianna foi barrada na entrada do Museu da Glória, onde iniciou o evento de celebração dos heróis do título brasileiro.
Segundo relatos, o responsável pelo museu informou que havia uma ordem para que nenhum representante da Associação participasse da cerimônia.
O incidente público gerou constrangimento e o ex-dirigente, João Carlos Vialle, médico do elenco campeão em 1985, interveio para resolver o impasse.
“Chegamos lá e disseram que havia uma ordem da SAF para não autorizar a entrada de ninguém da Associação. Achei isso uma atitude fora do comum. Disseram que a ordem veio de cima, não foi nada local. Perguntei com quem deveria falar para liberar, me apresentaram ao Lucas [de Paula], que reverteu a decisão. Acho que ele estava apenas cumprindo uma determinação”, contou Vialle ao UmDois Esportes.
Após o episódio, Marianna entrou, mas ficou visivelmente desconfortável durante a entrega das camisas e medalhas aos ex-jogadores, ao lado de Lucas de Paula e Xaud.
O Coritiba SAF, questionado pela reportagem, negou que houve proibição de entrada a Marianna.

Coritiba SAF x Associação Coritiba: desgaste durante a semana
O estopim para a crise estourar no Couto Pereira aconteceu às vésperas da homenagem aos campeões de 1985. Na última quinta-feira (24), membros da Associação conheceram o novo Centro de Performance e Saúde, no CT da Graciosa.
Após a visita, uma acalorada reunião institucional foi realizada, com discussões sobre possíveis ajustes no contrato entre SAF e Associação. Brigas e o clima de caos institucional, aliás, têm sido frequentes na relação entre as partes.
No dia seguinte, porém, o atrito ficou ainda mais evidente e insustentável. A Associação buscou informações sobre o novo centro de treinamentos diretamente com a empresa Arena, responsável pelo projeto e licenças ambientais, sem intermediação da SAF, o que causou mais desconforto.
O reflexo foi visto em duas mesas vazias, reservadas para 15 pessoas ligadas à SAF, no jantar comemorativo dos 40 anos do título nacional organizado pela Associação. O evento aconteceu no último sábado (26), em um restaurante no bairro Santa Felicidade.
O UmDois Esportes questionou o motivo das ausências, mas não obteve resposta do Coritiba sobre o assunto.

Guerra dos tronos do Coritiba?
De qualquer forma, episódios citados na reportagem reforçam o clima de “guerra dos tronos” dentro do Coxa.
Por parte da Associação, segundo o apurado, o sentimento é de exclusão e afastamento das decisões do clube, especialmente por causa da dificuldade de comunicação entre Marianna e Lucas de Paula, que iniciou no cargo em abril.
O executivo, aliás, avisou nessa segunda-feira (28) que encerraria sua participação no Comitê Institucional da SAF, composto pelo G5 da Associação e membros da direção da SAF. Agora, a interlocução passa a ser feita pelo diretor financeiro, André Campestrini, e pela diretora jurídica, Fernanda Vanini Ibrahim Penteado.
Em contato com a reportagem, Lucas de Paula nega que exista objeto de conflito com a Associação. Para ele, há apenas discordâncias normais do dia a dia do futebol profissional e sua saída do Comitê Institucional foi para dar mais celeridade às demandas do clube.
“Do nosso lado, não tem nenhuma crise. Reforçamos o compromisso de parceria em todas as frentes. Temos apenas a agradecer o trabalho de todo time, Marianna, Jansen, Espeto, Stival e Betenheuser“, afirmou o CEO coxa-branca.
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