
O governo de Israel anunciou neste sábado (26) medidas para melhorar a distribuição de alimentos em Gaza, em meio a alegações crescentes de que a população local tem sofrido com a desnutrição.
Em um comunicado, a IDF (sigla para Forças de Defesa de Israel) listou quatro mudanças.
A primeira delas é a retomada do abastecimento por meio de cargas lançadas de aviões. Israel promete distribuir por este método sete engradados com farinha, açúcar e comida enlatada.
Em segundo lugar, a IDF vai designar uma zona humanitária para permitir “a movimentação segura dos comboios da ONU com entregas de alimento e medicação”.
O terceiro item é a realização de pausas humanitárias nas ações militares para facilitar a chegada de suprimentos à população.
Por fim, o governo israelense afirma que reconectou a energia elétrica em uma usina de dessalinização da água em Gaza. Com isso, a capacidade de fornecimento de água potável deve aumentar em 20 mil metros cúbicos por dia.
Nota nega fome em Gaza
O comunicado da IDF também nega que a população de Gaza esteja sofrendo por causa da falta de alimentos: “A IDF enfatiza que não há fome em Gaza; esta é uma campanha falsa promovida pelo Hamas”.
O texto acrescenta que ONU é quem tem a atribuição de alimentar a população local: “A responsabilidade pela distribuição de alimentos recai sobre a ONU e as organizações internacionais de ajuda. Portanto, espera-se que a ONU e as organizações internacionais melhorem a eficácia da distribuição da ajuda e garantam que a ajuda não chegue ao Hamas”, diz a nota.
A IDF ainda acrescenta que os combates em Gaza vão continuar até que todos os reféns israelenses sejam libertados e o Hamas seja derrotado “tanto acima quanto abaixo do solo”.
Nesta semana, a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos afirmou que as pessoas em Gaza são “cadáveres ambulantes” por causa da desnutrição. De acordo com o órgão, até mesmo os funcionários responsáveis pela distribuição de alimento em Gaza estão sofrendo com a fome.
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